quinta-feira, julho 23, 2015

Novidades de Miss Goffre, a menor



Dezoito meses feitos no início deste mês e:

- nessa data dizia «olá», «mamã» e «mãe», «papá», «não», «sim» (com a cabeça), «pão», «mão», «pé», «já tá», «adeus» (com a mão), «papa», água (ou melhor, «aua»), «dá»,  banana (mas a soar como «anana»), «bebé», cão (mas a soar como «cam»), meu (mas a soar algo como «mãe» ou «mem»... depois de uma semana e meia juntou-lhe: praia («paia»), «bóia», batata («tata»), não há (não exatamente assim, mas percebe-se), onde está (também não exatamente assim, mas também se percebe), toma (com o som «poma» e dito no sentido de dar coisas e de acompanhar o gesto de atirar, se bem que também repetido até à exaustão, como quem gosta do som), «cocó» (e sempre que o faz, chegando a apontar para a fralda, mas também muito no decorrer de brincadeiras com os irmãos, imagine-se...)... e tenho a sensação que me faltam algumas... por vezes também é apanhada a dizer coisas aparentemente intencionais, mas que não repete, como o momento em que apontou para a piscinita de brincar das férias e disse «pacina» e que nos fez estacar e pedir repetição... claro que não tornou a acontecer...

- nessa data identificava o cão, o gato e os pombos... ladrava («am am am») mas embora tentasse fazer o som do miado ainda não se aproximava... depois de uma semana e meia, todos os pássaros a fascinam, sejam pardais, andorinhas, gaivotas, águias ou cegonhas... são os "pius" e o som já se lhe assemelha bastante... também já muge, mas só viu vacas a alguma distância...

- nessa data, tirando umas duas semanitas em que dormiu menos bem, tendo nós reparado mais tarde que pudesse estar relacionado com o nascimento de alguns dentes em simultâneo, era levada para a cama depois das despedidas a todos e dormia quase invariavelmente até de manhã... depois de uma semana e meia, não sei o que nos esperará em casa... resistente às dormidas (todas), tem-se transformado num pequeno diabo de cada vez que vai para a cama... nada a fazer, o pai (que parece ter mais competências para a acalmar) vai dar uma vista de olhos ao tablet para que ela o veja e sossegue...

- nessa data (e tal como agora), é o que se pode chamar de "enfardadeira": come tudo, quer tudo, aceita experimentar tudo e poucas coisas são as que não acha piada... podem ser picantes, ter um paladar diferente, estarem frias, nunca se queixa e pede tudo... sei que, relacionado com o desenvolvimento, nem sempre há-se ser assim, mas de acordo com a minha experiência (um Vasco que, mesmo sem comer muito, tem um paladar mais aberto e demonstrou sempre mais disposição para a experimentação, depois de uma Alice que nunca tinha fome e que foi sempre a esquisita), a forma de encarar o alimento pode ser melhor quando começa logo bem...

- nessa data só tinha ido à praia com três e seis meses... agora demonstra não ser dada a nenhum tipo de manias: gosta de água, mesmo que fria, gosta de areia... também gosta de relva e pedras... e adora pôr o creme protetor... e primeiro que todos...

O que dizer mais desta filha... quem viu o "Divertida-mente" há-de compreender a minha afirmação... que continua cheia de personalidade e sem aquela personagem da "Tristeza" na sua mente... tudo a que frustra, mesmo tudo o que a magoe fisicamente, não lhe provoca tristeza, só "Fúria" ou "Raiva", e das grandes, com direito a agressão e a lançamento para longe de tudo o que lhe pudesse ser confortável, bem como a posições horizontais no chão acompanhadas por gritos e esperneamentos. 
Assim como é dotada destas capacidades aquando do que a contraria, é doce, carinhosa, gosta de beijos e abraços, adora dançar (rodopia, mexe os braços, bate palmas) e cantarolar («lá lá lá»)... e escalar... e é preciso fazer-lhe justiça, mesmo quando não dorme, tem uma energia positiva latente, sempre satisfeita e com boa onda (tirando as fúrias, que, verdade seja dita, não são muitas - felizmente!), previsivelmente boa para pândegas. Em resumo, aos dezoito meses já é possível considerar que Miss Goffre terá nascido para, tal como a sua alcunha indica, abraçar os sabores da vida em toda a sua plenitude, desde que fortes e intensos.
Rita

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