segunda-feira, junho 30, 2014

Mais uma fã de Xulés

Não lhe basta um, gosta de todos desde que estejam ao seu alcance. Cá em casa, há cerca de dois meses, a Joana teve a oportunidade de ver vários Xulés todos juntos. Quase 20 bonecos feitos de meia a rodear a boneca viva foram o mote para uma pequena sessão fotográfica colorida e bem disposta. E ficou provado que também ela pertence ao Fã-Clube dos Xulés.

Ana Cristina

domingo, junho 29, 2014

Justiças

Vou tentar explicar o cenário de ontem, no Parque, mesmo no finalzinho de uma festa de anos. O pessoal adulto agrupava-se, ora a ver os restos do jogo Brasil-Chile, ora a conversar. O pessoal pequeno andava no parque infantil.
De repente, uma senhora atravessa a relva, passo acelerado e furioso, e vem ter com umas das miúdas mais crescidas (de 8 ou 9 anos), cobrar-lhe o facto de ter torcido o braço ao seu filho, bem mais pequeno. A miúda olhava-a entre o surpreendido e receoso, sem conseguir dizer nada. Aliás porque nada lhe havia sido perguntado pela senhora.
A mãe da miúda saiu do nosso grupo e foi então perguntar à filha o que tinha ocorrido. Ao que parece, o menino, mesmo que mais pequeno, tinha andado atrás do grupinho das nossas miúdas, a insultá-las (aliás, tinha passado também bastante tempo da festa de anos a chatear todos os meninos que conseguia) e, em determinado momento, como se tal não lhe bastasse, tinha agarrado numa pedra e encontrava-se a ameaça-las com ela. Tinha sido nesse momento que a miúda havia interferido e decidido afastar o perigo. 
Fiquei chocada. Não com a história, não com a postura da miúda ou do pequeno... Mas com a da mãe... Que, sem ter testemunhado a cena, decidiu vir, não esclarecer ou inquirir a menina, mas reclamar com ela... Pareceu-me, sinceramente, um exemplo da forma como determinadas - infelizmente, tantas - pessoas escolhem viver a vida, sem dar valor ao contraditório, sem duvidar, sem analisar, sem tentar perceber, escolhem partir em frente assumindo uma só posição. Não teria sido mais justo vir perguntar à menina o que tinha acontecido? Tentar esclarecer e assumir uma posição equilibrada?
Não percebo... Como podemos pretender evoluir, enquanto seres individuais e colectivos, sem ponderarmos, nas situações mais simples, colocarmos-nos do outro lado, do lado do outro...
Rita

sábado, junho 28, 2014

Nas férias, com um sobrinho falador...

Vasco - Tia?! Sabes o creme da caspa? Aquele creme da caspa para o cabelo?
Eu - ?!?!? Não. Não sei do que estás a falar.
Vasco - Aquele creme da caspa que deu na televisão! O Cristiano Ronaldo usa o creme da caspa e fica com o cabelo com riscas...
Eu - Ahhh... ... ... mas tu sabes o que é a caspa?
Vasco - Acho que é o cabelo com riscas... 

***

Enquanto observava o avô a tratar dos dentes e da dentadura...
Vasco - Avôoo, Já te caíram os dentes de leite todos foi? ...

***

 De repente, ao ouvir uma música na televisão...
Vasco- Gosto muito desta música. Eu tinha esta música no carro. Mas era no outro carro. ... Tenho saudades.
Eu - Tens saudades do carro antigo é? Mas não gostas deste?
Vasco - Não. Da música...
Ana Cristina

quinta-feira, junho 26, 2014

Xulés feitos pelos pequenos

Foi no final do ano passado, quando preparávamos os presentes de natal e o de aniversário da mãe, que faz anos uma semana antes, o Vasco teve a ideia. Ele queria fazer um presente que envolvesse vários materiais; meias, tampas de iogurtes líquidos, e talvez cápsulas de café mas não sabia muito bem o quê. A Alice achou boa ideia mas antes queria concretizar um projecto para o qual andamos (acho que só eu porque eles se esquecem sempre) a recolher a matéria prima e ainda não temos material suficiente (e eu bebo muito poucos iogurtes). No meio da troca de ideias surgiu, vinda do Vasco, a proposta de se fazer um boneco de neve.
E assim fizemos. Com a minha ajuda fizeram dois bonecos de neve, ela uma menina ele um menino, que ofereceram à mãe uns dias depois. Estavam muito contentes pelas suas obras, que estiveram na sala toda a época natalícia e foram guardadas na caixa de enfeites de natal.
Apresento-vos os Bonecos de Neve, tipo Xulés, feitos pelos pequenos. Ficaram giros não ficaram?
Ana Cristina

terça-feira, junho 24, 2014

Fases e desabafos...

Ando numa fase tão estúpida. 
Estupidamente à espera e estupidamente com falta de energia.
Tenho a casa de pantanas, com muita da roupa dos miúdos já arrumada (a referente às trocas de estação, mas também a da Joana já preparada para os próximos meses e até a que já não lhe serve, devidamente ensacada e preparada para seguir para outras paragens). No entanto, ainda se encontram espalhadas pela casa uma ou outra pilha de roupa ou uma ou outra caixa à espera que me dedique. Por seu turno, a minha roupa de Verão continua à espera que lhe dê atenção, com as minhas gavetas num estado de destrambelhamento nunca visto, eu todos os dias sem saber o que vestir (síndroma pós-gravidez, já o conheço, tudo me serve mas parece que não gosto de me ver com nada). Estou à espera que me nasça energia para arrumar a minha roupa e o que resta da deles, para deixar de ter esta sensação
Tenho uma estante nova e linda, enorme, mas como o homem ainda vem amanhã completar a coisa, não posso começar a transferir os livros para lá. Apesar disso, tenho a sensação que poderia começar a tirá-los dos outros sítios e limpá-los. Estou à espera que o senhor acabe a sua obra, mas também à espera da energia para começar a projetar a nova arrumação e decoração.
Basicamente, sei que poderia começar a arranjar estas coisas porque, ao fazê-lo sequencialmente, isso me permite ir preparando a nova decoração que o atual escritório vai ter quando se transformar no quarto do Vasco, mas tem-me faltado energia para o fazer...
E detesto ter a minha casa assim, mas... 
E, para além disto, tenho projetos criativos para levar a cabo (umas peças de roupa para transformar para a Alice, duas da Cristina para arranjar, uma camisola para fazer para mim, prendas para pensar), mas...
E posts, montões de posts "rascunhados", mas...

Caneco, sinto-me mesmo numa fase estúpida.
Amanhã vou começar a pôr cobro a isto.
Rita

sexta-feira, junho 20, 2014

Dos primeiros tempos do meu sobrinho-gato

De como ele chegou, minúsculo, e cresceu, forte, saudável, brincalhão, arisco e mimocas. 
De como viveu uma boa vida, convosco, connosco. 
Beijinhos, querida irmã e cunhado. 








Rita

quinta-feira, junho 19, 2014

Onze anos e três meses

Encostámos o carro e a Rita veio passá-lo para o meu colo. Vinha com as instruções do leite em pó e um biberão. Chegou lá casa, escondeu-se atrás da máquina de lavar a roupa e tivemos de colocar garrafas de água a tapar o espaço porque de lá não queria sair. Era tão pequenino que tínhamos medo de o pisar. O F queria deixar a luz acesa durante a noite porque lhe fazia impressão que ficasse às escuras mas logo na primeira ou segunda noite ouvimos os guizos do brinquedo e encaixamos que via bem melhor que nós. Só comia connosco lá em casa, por isso, nos primeiros tempos nunca ficava muito tempo em casa sozinho. Aliás, foi o motivo para muitas visitas dos tios-humanos que dormiram lá em casa várias vezes para poder brincar com ele, e da adoção da Fera, a prima-gata. Ficou Pilas porque duas semanas depois de estar lá em casa deparámo-nos com o facto que tinha uma bolsinha com duas bolinhas. Tinha olhos azuis e orelhas enormes. As orelhas continuaram grandes mas a cor dos olhos passou de azul a verde e de verde a amarelo.
Foi quase toda a vida brincalhão e curioso. Respondia ao nome, era falador (principalmente comigo) e gostava de atenção. Não gostava de máquinas fotográficas mas apareceu várias vezes neste blog.
O que posso dizer mais sobre o Pilas? Que hoje, depois de quase um ano e meio de internamentos, de antibióticos e de soros para hidratar, não conseguiu recuperar. Faleceu hoje, infelizmente sem ser ao meu colo porque estamos de férias.
Foram onze anos e três meses de convívio. Com o Pilas aprendi imenso. Hoje quase nem me lembro do tempo em que, para mim, era quase impossível fazer festinhas a um gato, pegar nele ao colo e me sentir confortável. Hoje quase nem me lembro da nossa casa sem o Pilas. E eu vou sentir muita falta dele, das recepções calorosas, das miadelas para dar nas vistas, da companhia ...


Ana Cristina

domingo, junho 15, 2014

Mais dos nossos Santos...

Os Santos enoooooooormes deste ano deram azo a tudo: ao arraial do páteo com vizinhos, aos arraiais do bairro com amigos, a muitas e boas sardinhas e caracóis e cervejolas e sangrias, a gelados da Santini na Vila Berta, a bailarico na Graça, a caloraças até às duas da manhã... mas também, e essencialmente para a Alice, a horas e horas de brincadeira com os amigos do prédio, com direito a pinturas temáticas e a duches de água gelada para refrescar...


Rita

quinta-feira, junho 12, 2014

Santos!

Há muitos anos atrás, eramos nós raparigas dos arrabaldes, vinhamos para os Santos com a Tina, a Catarina, a Prima Ana, a Sónia-Minha-Mana-Duracell.
Era bastante divertido. Dávamos umas voltas para estacionar o carro e aterrávamos num qualquer bailarico onde comíamos umas sardinhas, bebíamos umas sangrias e dançávamos música pimba até nos aprouver.
Depois de vir morar para Lisboa, passamos a ausentar-nos para aproveitar os feriados em terras alentejanas. Recordo-me de um ano ter de estar de serviço e de ser chamada precisamente quando tínhamos acabado de começar a comer umas sardinhas com os vizinhos do lado.
Há dois anos os Santos foram memoráveis porque fui voluntária num arraial imenso da escola e quando este terminou fui por Lisboa afora comemorar até o Sol nascer com um bando de amigos novos e fixes. Acho que foi a partir daí que decidi abraçar o St. António neste meu bairro e aproveitar até ao tutano. 
Com a Alice na marcha da escola (tema para futuro post), tornou-se ainda melhor, ganhou nova dimensão, sempre na companhia de bons amigos. 
No ano passado, o arraial foi no nosso páteo, uma coisa combinada à pressão com os vizinhos de cima e família. Foi tão agradável que decidimos continuá-lo no dia seguinte. E repetir este ano.
De maneira que tudo se apronta: o páteo já tem mesa posta e decoração a rigor, e a filha descansa um bocadinho a jogar antes de ir descer a Avenida. E eu daqui a nada vou sardinhar um bocado nas traseiras e santo antonar pela freguesia no intervalo de refeições da mais nova.


Rita

quarta-feira, junho 11, 2014

Uma camisola pintada para uma amiga


É muito bom pegar nos pincéis, há muito tempo postos de parte porque ultimamente tenho estado mais virada para outros materiais, e pintar uma camisola para uma amiga como se fosse para nós. A camisola tem a "nossa" cor. As tintas são nos "nossos" tons preferidos e ficam sempre bonitas no fundo escolhido. Os motivos, sendo especialmente pintados a pensar na ofertada, correspondem também ao nosso gosto. O resultado é uma peça que nos orgulhamos. Mostro-a pendurada agora, mas posso dizer-vos que fica muito melhor vestida na sua dona. Em mim também não ficava mal mas, nesse ponto, com ela está muito melhor.

A verdade é que fiquei com vontade de voltar a pintar camisolas e, quando voltar de uns dias de férias que estou a passar por terras alentejanas, acho que vou pintar algumas. Nem que seja só para mim.
Ana Cristina

A Joana de cinco meses (e quase dez dias):


A Joana de cinco meses parece ter desenvolvido extraordinariamente no último mês. 

Há uns tempos que tinha parado de palrar como fazia e passado a dedicar-se mais à fisicalidade. Aprendeu a rebolar para a posição de barriga para baixo quando tinha acabado de fazer quatro meses e meio e está agora a aprender a técnica de o fazer ao contrário, que acontecia sempre de forma involuntária. 
Talvez porque a coisa parece mais ou menos dominada, nesta última semana tinha começado novamente a chamar-nos e a falar connosco, mas só usando "uh-uh-uh". Desde ontem que recomeçou em grandes conversas, o que me alegra muito, que adoro perder tempo a observar-lhe as boquinhas diversas. 

Dobrou o riso também na semana dos quatro meses e meio e foi por pouco que não vim cá dizer que, como rir é das melhores coisas que podemos fazer, naquele dia se tinha iniciado o resto da sua vida. A avaliar pelos escritos neste blog, a Alice e o Vasco fizeram-no primeiro, e ambos com a tia Cristina. Até agora, a Joana só gargalhou comigo, em brincadeiras palermas, mas ainda não adquirimos a noção exacta do que lhe desencadeia o sentido de humor. 
Apesar disso, a Joana é - digo-o orgulhosamente acerca de todos os meus filhos - verdadeiramente simpática. Sorri maravilhosamente a todos os que a cumprimentam e por vezes enruga o nariz todo quando o faz, o que, pode ser de mim que sou a mãe, mas é super divertido. (Ontem passeia-a para o colo de duas adolescentes que estavam a ver uma das exibições da marcha da Alice e que estavam fascinadas com ela... foi vê-las a experimentar posições, a passá-la de uma para a outra... e a miúda impassível e bem disposta durante o tempo todo que aquilo durou...)

Come sopa desde há um mês, fruta há ligeiramente menos e já experimentou papa. Demorou poucos dias a habituar-se à colher e até agora parece gostar de tudo... menos de ser acordada de propósito para almoçar, no caso de só ter passado pelas brasas... aí, venha a maminha, que será mais rápida e permite abracinhos e miminhos...

Já levou uma pequena traulitada de descuido, quando a sua mãe a tinha apoiada na anca e mediu mal a passagem das duas por uma porta... tem dois irmãos de oito e cinco anos muitas vezes de volta dela, mas foi a mãe negligente a fazer uma destas...

Faz uma festa (com muita agitação de pés e sorrisos escancarados) maior ao pai, manos e caras conhecidas... mas a ninguém como me faz a mim... tem uma relação tão especial comigo que chega a choramingar se me vê a passar ou se me ouve quando está no colo do pai... e eu aproveito como nunca aproveitei, até ao máximo...

Rita

A foto foi tirada no dia da festa de final de ano lectivo do Vasco, em que o tema eram os piratas e havia adereços para as famílias comprarem... os nossos deram para uma bela sessão de fotografias depois, já em casa...

terça-feira, junho 10, 2014

Saudades...

Os meus miúdos são tão fixes...

Hoje, às 12h, o Vasco foi de férias com os tios e avós... Estava todo entusiasmado, mas a minha irmã disse que, ainda o carro tinha acabado de virar a esquina e subia a rua, já ele dizia que ia ter saudades... Mas daquelas boas, que não anulam projectos, tanto que no fim da tarde trocou duas palavras comigo e perguntou se podia desligar... 

Por sua vez a Alice, antes de ir para a cama, depois de um dia todo muito ocupado com amigos, marcha, convívio e brincadeira, confessou-me que já tinha saudades dele...

Rita

domingo, junho 08, 2014

Fã-Clube dos Xulés

Com este post se começam a mostrar as fotos que temos recebido dos Xulés depois de saírem da oficina. Com pequenos fãs, nas novas casas ou em passeios ao ar livre os Xulés andam por aí e parecem fazer algum sucesso entre miúdos e graúdos.
E a primeira foto que mostramos é a do pequeno Miguel com o Xulé 019#. Foi tirada há mais de um ano e foi a primeira que recebemos, via facebook. Vinha com a autorização para  ser mostrada mas esperou este tempo todo para inaugurar este nova etiqueta que se chama "Fã-Clube dos Xulés". 
Entretanto, podemos dizer que há vários Xulés disponíveis para partir e que em breve mostraremos novidades.

Ana Cristina




segunda-feira, junho 02, 2014

Da vida... E da morte

Dou por mim a pensar nas quaisquer falhas orgânicas ou de vida ou de formação de personalidade que fazem com que, para certas pessoas, em determinado momento, a vida deixe de lhes bastar. 
A vida por si só, quero eu dizer.
Como é que, por desgaste, infelicidade, desespero profundos, deixe de bastar aquela brisa fresca que se apanha de manhãzinha nesta altura do ano... Ou o cheiro que se espalha pela casa depois de se tirar um bolo de chocolate do forno... Ou a visão do mar... Ou a percepção da beleza de uma flor... Ou a audição de uma música que nos toca e arrepia os braços... Ou o abraço ou o colo dado a um bebe, mesmo quando ele não é o nosso... Ou a leitura de uma história ou visão de um filme que nos deixa e lágrimas nos olhos... Ou o prazer intenso da concretização de uma boa ideia...
Tudo coisas que nos fazem sentir vivos. A nós sozinhos. 
Já para não falar de tudo o que de bom tem para se recordar, todos os beijos de amor, os momentos em que vemos uma filha crescer, todas as brincadeiras que tivemos com os irmãos, os convívios com a família e amigos, as comidas que se provou, todas as aventuras de uma vida que já se teve.
Já para não falar na perspectiva do amanhã...
O que se passará para que alguém, num determinado momento da sua vida, que no fundo é curto, quase que um mero instante, se esqueça de tudo isso e lhe ponha cobro.

Gostei de ti, foste sempre uma presença fixe para mim, marcaste-me e não me esquecerei de tudo o que contaste e ensinaste e partilhaste. Tenho pena. Pena que, fundamentalmente, o tal momento ou instante tenha ganho. 
Rita