quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Foi internado de novo

 
Ontem o Pilas passou todo o dia deitado na mesma cama, recusou-se a comer e não bebeu uma gota de água. À noite, quando cheguei do trabalho, fui encontrá-lo no mesmo sítio onde estava quando saí, umas quase 10 horas antes. Estava com a manta vomitada e não se tinha lavado porque no pêlo ainda se viam uns vestígios de sujidade. Não tinha urinado nada durante todo o dia.
Fizemos-lhe o soro subcutâneo, mas combinámos logo que esta manhã o resultado das análises que fez na terça-feira seriam recebidos pessoalmente, se ele com os 200 ml de soro administrados não urinasse. Assim foi, esta manhã rumámos de novo para o Hospital da Faculdade de Medicina Veterinária.
Como se previa estava com nova obstrução das vias urinárias. A bexiga estaria tão cheia que lhe causava vómitos e recusa alimentar, provavelmente de dor. Foi novamente puncionado para se colherem novas análises, colocado um soro para hidratação e algaliado. Ficará internado até nova tentativa de desalgaliação, dentro de mais ou menos 48 horas, para ver como corre desta vez... Esperemos...
O mais interessante é que as análises de terça-feira não estavam más.
Ana Cristina :(((

quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Esforço monstro para a descontração 1 - Cedência ao cansaço de um dia de trabalho 0!!!!!

O Vasco é de birras. O que significa que, por vezes... quase sempre, quando é contrariado, vai de birra para nos convencer, demover, fazer ceder, irritar, passar dos carretos, o que quiserem.
 
Hoje cheguei mais tarde a casa e fiquei de lhe dar banho. Ele não queria. Primeiro, tinha que ser o pai, que, coitado, bem que tinha aguentado as pontas sozinho até ali, e tinha acabado de se sentar para ver o Benfica. A seguir, queria ver umas músicas do Paulo Carvalho no computador, com a mana. Disse-lhe que ele as veria depois, quando acabasse o banho. E pronto, quando se dá por isso, choradeira instalada...
Até à casa-de-banho já tinhamos conseguido chegar, pelo menos. A Alice via as músicas lá dentro, no computador. O pai, ali mesmo perto, tentava ver o seu futebol. E nós os dois ali, juntos, a enfrentar a birra, de porta fechada, para que, ao menos, fôssemos os únicos incomodados.
Olhei para ele, com olhos de cruzes-não-tenho-pachorra-nenhuma-para-isto-depois-do-que-passei-a-tarde-a-ouvir... E depois deu-me. Não o desespero, a gritaria, o descontrolo, não. A tranquilidade zen. Olhei à minha volta e agarrei no livro que lá estava. Sentei-me na sanita e pus-me a ler com banda sonora: o puto a chorar que nem um desalmado, a bater com os pés no chão, aos urros. Interrompeu para dizer que tinha ranho e depois ainda piorou o choro quando lhe propus limpar-lhe o nariz com papel higiénico... porque claro que para o moço, tinha obrigatoriamente que ser com o papel da cozinha. Continuei a ler depois de lhe explicar que, se quem o assoava era eu, era eu que também escolhia o papel com que o fazia.
Claro que a certa altura o choro começou a espaçar, a ficar forçado. Até ao momento em que concordou que tinha terminado. E o mais cómico é que eu li, li mesmo, consegui a ausência necessária para não deixar que a meio metro de mim, a birra me incomodasse.
A vingança veio no fim do banho, quando me perguntou porque é que não podia brincar na banheira, e lhe expliquei que o tempo não passava e que ele tinha passado demasiado do dele a chorar...
Rita

terça-feira, fevereiro 26, 2013

O futuro da minha filha

Neste sábado, com todos dentro do carro, a Alice disse:
- Já sei o que quero ser quando crescer.
De mim para mim surpreendi-me, nunca lhe achei preocupação com tal, a miúda ainda vive para brincar, só brincar. Muito curiosa (que previsões de futuro verá a miúda para si, afinal), questionei:
- Ah sim? Então e o que é?
- Pintar. (imaginem o momento de silêncio, a minha filha, uma artista...) Quero pintar paredes. Estou farta de ver as paredes todas riscadas.
Conclusão: de bailarina, que era o que ela dizia com cinco anos, a Alice passou a pintora da construção civil.
Rita

segunda-feira, fevereiro 25, 2013

Tem sido difícil fazer a soroterapia ao bichano

Se no sábado, a primeira vez que experimentei fazer-lhe o soro, as coisas correram até bastante bem. Fiquei animada mas com a consciência que seria "sol de pouca dura", porque o meu filho-gato é um felino difícil de dominar. Aliás, no hospital o Pilas fez estragos no braço de uma enfermeira e ganhou a fama de ser uma fera quase indomável.
Pois quase como se previa, se no primeiro dia foi relativamente fácil, nos outros não posso dizer o mesmo.Ontem, já no final do dia, o sistema do soro partiu-se, impossibilitando a técnica. Do hospital veterinário, no momento da alta, em conjunto com a nova alimentação e os comprimidos que terá de fazer durante uma semana, o Pilas também veio acompanhado de dois frascos de soro, de um sistema e de umas agulhas. O sistema partiu-se exactamente na altura que não devia, e por esse motivo, não fizemos o tratamento de domingo. Hoje foi dia de trazer do hospital das pessoas o material que estava em falta e tentar compensar os líquidos em falta de ontem. Mas a coisa correu muito mal. O meu gato, prostrado e aparentemente desanimado, virou um felino tipo pantera negra. Acabei picada, arranhada e mordida, sem ter conseguido administrar-lhe o tratamento que ele necessita. Passaram umas horas e ainda não consegui colocar-lhe mais a vista em cima. Está a dormir debaixo da cama dos donos, bem protegido pelas caixas que lá tenho.
Amanhã vamos de novo ao hospital veterinário, fazer análises e consulta. Tenho esperança que me ensinem a ser mais eficaz. E espero mesmo (mesmo) que ele não esteja muito pior com a falta do soro.
Se alguém que nos lê tiver esperiência destas situações e que tenha sujestões pra mim, mande-mas que eu estou a necessitar muito.
Ana Cristina

Uma má experiência de teatro...

Há uns dias, com umas amigas, decidimos aproveitar uns magníficos descontos proporcionados pela Odisseias para fazer um programa com os miúdos.
Fomos então ver "O Rei do Reino da Gata Borralheira", pela Companhia Byfurcação. E, como nem só de boas criticas vive este blog, tenho de confessar que não gostei. Mesmo nada. Foi uma daquelas experiências em que, quanto mais pensava no assunto a seguir, mais chegava à conclusão que só tinha valido mesmo pela experiência.
Devo dizer que foi o segundo trabalho que vi da Byfurcação, sendo o primeiro o "Alice no País das Maravilhas", no ano passado, na Quinta da Regaleira, em Sintra. Na altura achei piada ao trabalho dos atores e que algumas cenas tinham sido bem estudadas e planificadas, mas que o texto da peça, extraído do livro, poderia ter sido mais curto e simples, ou seja, mais bem escolhido.
Com "O Rei do Reino da Gata Borralheira" nem se pode dar uma referência positiva ao texto... o mesmo não trazia nada de novo, tratava-se de um mero recontar a história da Cinderela sem sequer o fazer bem, com passagens e piadas unicamente para a compreensão de adultos, ainda por cima demasiado longo. O trabalho dos atores, por sua vez, tinha algum interesse, mas critico a escolha das vozes que parecem ter achado necessário fazer, a tentar dar uma ideia de infantilidade, numa concepção que no fundo se torna extraordinariamente redutora da infância.
Com isto a juntar à grande frustração por ontem não ter conseguido bilhetes para "A Cerejeira da Lua", no Museu da Marioneta, ando a ressacar por um espectáculo para crianças que me encha as medidas...
 
Rita


sábado, fevereiro 23, 2013

Já o temos cá em casa

Depois de onze dias de internamento o Pilas teve alta ontem. Veio igualmente magro, com as patinhas e a barriga rapadas dos soros e da ecografia, com o pêlo um bocadinho baço e com alguma caspa, mas aparentemente contente por voltar a casa. Durante um bom bocado deambulou pelo hall de entrada (devia ser para esticar as pernas porque estes dias todos dentro de uma jaula não o deixaram fazer exercício suficiente), depois foi matar saudades do resto da casa. Já experimentou dormir em todas as suas camas, incluindo em cima da nossa entre as pernas da dona. Está cheio de mimos e ronrona quando lhe damos festinhas mas ainda não é o gato brincalhão que nos habituou.
Agora terá de fazer uma dieta especial, mole e urinária, e um soro de hidratação subcutâneo todos os dias até indicações em contrário e que espero que seja apenas até à próxima consulta. Hoje já fez o soro, que correu sem grandes problemas. Foi a minha primeira experiência em administração injectável a gatos, e beneficiámos com toda a certeza da minha experiência com humanos e de um ou dois vídeos no youtube que demonstravam a técnica. Talvez, quem sabe, um dia também o Pilas sirva de exemplo para outros gatinhos e suas donas e a gente ainda mostre aqui como se faz o soro subcutâneo. O que interessa é que ele está melhor e que temos de novo o nosso gatinho.
Foi o presente de aniversário dele. Ontem, no dia em que fez dez anos, recebeu como presente voltar a casa. E foi um presente que nos saiu caro, mas disso podemos falar noutro dia, que hoje é dia da foto comemorativa, à semelhança de outros aniversários. Se quiserem relembrar os outros anos aqui vai; 2006, 2007, 2008, 20092012.
Ana Cristina

domingo, fevereiro 17, 2013

Temos o filho-gato internado...

... desde terça-feira. Estava ainda mais magro e menos entusiamado com a brincadeira. Passava o dia a dormir bem tapadinho nas várias camas que por aqui tem. Andava a comer menos, a beber um bocadinho mais e com obstipação. Pareceu-nos que também coxeava mais um bocadinho
Decidimos finalmente levá-lo ao veterinário, fazer as análises que a veterinária tinha sugerido há muito tempo porque já no ano passado o achou magrito. Na altura decidimos adiar mas agora era evidente que o Pilas estava em baixo de forma. 
E é verdade. O Pilas está com uma insuficiência renal aguda. Nestes dias, com o soro e a medicação, parece que a função renal está a melhorar e ontem falou-se na hipótese de ter alta amanhã. Hoje as notícias não me pareceram tão animadoras, ele tinha deixado de urinar e teve de ser algaliado, o que parece ter ajudado a resolver parte do problema. Parece que era um cálculo. Agora vão tentar desalgaliá-lo de novo a ver se ele urina bem.
Amanhã deve repetir análises e logo se vê. Depois dou notícias.

Ana Cristina

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Um bolo personalizado

No domingo, dia 3, festejámos um aniversário. Como no ano passado, o prato principal foi a cachupa, feita pelo aniversariante, mas desta vez, como novidade, a sobremesa teve o toque pessoal da Alice, que fez para o tio Fernando um desenho que, por sua vez, foi enviado pela mãe para a tia, que o entregou por email às amigas, que encomendaram o bolo ao pasteleiro.
Foi um trabalho em grupo e que resultou num bolo lindo e personalizado.
E eu já recebi a promessa que para os meus anos é o Vasco quem faz o desenho.
Fico à espera, não do aniversário, mas do desenho que, quase que aposto, vai ser o meu retrato na visão do sobrinho de quase 4 anos.
 
 
;) Ana Cristina

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

Os últimos Xulés de 2012

E para terminar a temática "Xulés oferecidos no último Natal" mostro neste post os últimos do ano passado.

Em cima podemos ver os Xulés 16# e 17#. 
O azul (o Xulé 16#) foi feito numa altura em que faltava a matéria prima essencial para encher os bonecos e, por esse motivo ficou destinado a ficar cá em casa e me fazer companhia visto ter sido recheado de pedacinhos de meias dos outros bonecos e camisola velha. É muito mais denso e pesado que os outros Xulés, mas nem ele nem eu nos importamos com essa característica. 
O Xulé 17#, que é o vermelho, assemelha-se muito ao anterior, tanto quanto é possível entre bonecos feitos à mão e sem moldes, mas com pequenas correcções que a foto não permite observar bem e, será muito semelhante a outro que por aí andará. Passo a explicar. Um dia levei para o trabalho alguns Xulés para satisfazer as  colegas que, tendo visto as fotografias, pareciam ter muita curiosidade sobre os bonecos que eu, de repente, dizia que andava a fazer. E nesse dia o Xulé 17# foi alvo de duas paixões à primeira vista. A ordem de chegada determinou que o R iria oferecer à sua filhota a versão que se pode ver na foto, e a C ficaria, dois dias depois, com uma versão semelhante, não igual mas muito parecida mas igualmente bem sucedida do despertar de sentimentos amorosos.

Em baixo, ao centro temos a Xulé 18#, que foi para casa de uma menina de quase 3 anos, que se encanta com botões. Por esse motivo está enfeitada com vários, os que se podem ver na foto e o que está do rabo. 

No canto direito podemos encontrar o Xulé 19#, que se caracteriza pelo pescoço comprido e a camisola de bola alta. Parece que em breve irá fazer companhia a um menino mas mais não digo nem sei.

À esquerda está a Xulé 21#, que é baixinha, com um ar desproporcionado porque tem pernas curtas e braços compridos. Tem umas orelhas que fazem barulho, é muito fofinha e anti-alérgica. Foi feita para uma menina que pela época das festas ainda não tinha nascido. Espero que os pais da B tenham gostado dela e que lhe dêem uma menina que goste de brincar.

Num breve balanço posso apenas dizer que em 2012 as Oficinas RANHA espalharam pelos vários cantos de Portugal, continental e ilhas (porque um está em S. Miguel, nos Açores), 23 Xulés e 4 Mini-Xulés, tendo iniciado uma produção artesanal de bonecos-de-meia que se prolonga, a um ritmo mais lento, é certo, pelos dias de hoje.
Ana  Cristina

domingo, fevereiro 10, 2013

Carnavaladas

No sábado a Gulbenkian recebeu a visita dos nossos Pirata e Homem Aranha.
Não fomos a tempo de ver a exposição do "Chá para Alice" (porque se esqueceram de avisar que a visita guiada a encerrava), mas deu para lanchar, fazer actividades em livros, correr muito e ver os patinhos sempre simpáticos (principalmente para quem tem sacos de papel com restos de queques de chocolate).

 A certa altura - e ainda me hão-de explicar como é que o dito original o conseguirá, que é o pormenor que os filmes não explicam - o nosso Homem Aranha ficou cheio de vontade de fazer xixi, mas havia ainda muito para correr, e então correu e correu, e quando foi a dar azo às suas satisfações fisiológicas, a vontade era tanta mas tanta, que o seu incrível fato ficou "ligeiramente"... chamemos-lhe salpicado, ok.
 

Claro que, mesmo sem a sua identidade secreta, o verdadeiro herói é o que não desanima...

Rita

domingo, fevereiro 03, 2013

«Um sonho maravilhoso...»


Neste sábado, em respeito ao compromisso assumido de que um mês de ginástica (três vezes por semana) só com três bolinhas amarelas (as avaliações que a professora faz no final da aula e que vão de azul, verde, amarelo, vermelho, a preto - a pior de todas) dava direito a deixá-la furar as orelhas, lá fomos. Foram cinco meses à espera que o conseguisse...
Hoje, antes de ir dormir, dizia, com um grande sorriso no rosto:
- Isto é mesmo real, não é...?! É porque, estou aqui a pensar... se é um sonho, é um sonho maravilhoso...
Rita

sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Lar Doce Lar

Ontem tive a oportunidade de ir ver esta peça de teatro ao Casino de Lisboa. Gostei muito. Gostei de ir ao teatro depois de tanto tempo sem ele. Gostei da noite, bem passada e em boa companhia. Gostei da sala de espectáculos e de dar uma voltinha pelo casino, que também foi uma estreia. Mas gostei sobretudo da peça e do trabalho de actores, que durante duas horas vestem o papel de várias personagens.
Toda a peça se passa num quatro de um Lar de idosos onde duas senhoras de quase 80 anos, provenientes de classe social alta, partilham o mesmo espaço. São mulheres com histórias pessoais bem diferentes, com hábitos de vida e gostos distintos. Mas qualquer uma delas sonha em passar a viver no melhor quarto do lar que acabou de ficar vago por morte da sua dona...

Se puderem aproveitem os últimos dias de cena. Vão ver que passam uma noite muito bem passada, mas só têm mais dois dias.
Ana Cristina