quinta-feira, outubro 30, 2008

Viver para contá-la

de Gabriel García Márquez


Como já tive oportunidade de o escrever aqui, este é o meu autor preferido, se é que posso distingui-lo de entre os vários que gosto muito. Acontece que dele já li todos as obras publicadas em português, se forem os dezoito que penso serem, e de todas gostei muito. Talvez seja pela capacidade com que, através da sua escrita, nos transportar para um ambiente cultural onde se misturam os factos reais com as figuras mitológicas e com as crenças populares.
Este é um livro autobiográfico, publicado em 2002, e que aguardava na minha estante por dias de dedicação por inteiro. Mais uma vez me senti transportada, como se de um filme a preto e branco se tratasse, para uma realidade desconhecida, onde um menino tímido que gostava de cantar se torna num homem tímido que será um grande escritor. Nesta obra conseguimo-nos aperceber da evolução de um homem das letras, que reconhece os seus defeitos literários, expõe os seus momentos de fracasso como contista e, sem pretensões escreve como as suas vivências pessoais, tal como alguns dos momentos marcantes da sua vida foram aproveitadas nos seus contos e romances. E conta-nos a sua história como se de uma conversa se tratasse.
“Viver para contá-la” é um livro que gostei muito. E só para vos dar um gostinho, mostro a frase de introdução, escrita pelo autor:

“A vida não é a que cada um viveu, mas a que recorda e como a recorda para poder contá-la.”
Ana Cristina

quarta-feira, outubro 29, 2008

Foi descanso, leitura e até sol

Finalmente estive de férias. Foram duas semanitas. Nos primeiros dias pratiquei baby-sitting à sobrinha e à mana que, como já sabem estiveram a morrer. E eu não podia deixar que tal acontecesse e rumei lá para casa para cuidar de quem necessitava, ou não fosse esse o papel de uma irmã-tia maravilhosa e enfermeira. Na verdade o meu papel terapêutico foi o de amenizar o ambiente, ou seja, fazer companhia à mãe e brincar com a piquena, que as sopinhas e as comidinhas boas ficaram a cargo da madresita, também conhecida por avó. Em resumo, apanhei um síndrome gripal que durou dois dias e que curei deixando passar como é costume. Depois passei uma semana no Alentejo onde pus sono em dia, apanhei um solinho na praia enquanto noutras bandas houve cheias, descansei e, LI UM BOM LIVRO. Actividade que já não praticava havia algum tempo. As leituras dedicadas ao mestrado, e mais recentemente à tese, fizeram-me afastar dos meus adorados romances, mas a necessidade de adiar a entrega da tese deu-me também a urgência de recuperar, por algum tempo, o que também gosto de fazer. Falta agora pegar também nos pincéis para me sentir eu.
Recomecei a trabalhar no final da semana passada e já ia de férias outra vez, mas não pode ser…
(escrito na segunda, mas por imposições técnicas que só à cinco minutos se resolveram – era um problema de falta de sinal, disseram – só agora foi possível aceder a este cantinho)
Ana Cristina

terça-feira, outubro 28, 2008

Sem chucha!

A Alice está a dormir sem chucha desde Domingo.
Foi uma autêntica casualidade e surgiu de forma completamente natural. Perdemos a chucha em casa. E perdemos mesmo, deve ter deslizado para baixo de algum móvel e não damos com ela. A bem dizer, quem a perdeu foi ela, no Sábado de manhã, e como não a víamos, nem nos lembrámos de a levar para casa dos avós. Eles tinham lá uma outra e ela teve uma para dormir de Sábado para Domingo.
A questão pôs-se quando, Domingo à noite, começámos a procurar a chucha e não a encontrámos. Conversei com ela e expliquei-lhe que teria de dormir sem a chucha e que não ia custar assim tanto porque no carro ela já dormia sem essa ajuda e havia muitas outras vezes em que esta lhe caía da boca e ela não precisava dela. Tínhamos uma outra na gaveta, mas decidimos experimentar, porque não queríamos que ela ficasse com a sensação que haveria sempre uma sobresselente, ainda por cima eram de modelos diferentes.
Ela acedeu e até de forma tranquila. Dormiu lindamente, acordou cedo mas acho que ainda dentro da influência da mudança da hora.
Fizemos-lhe uma festa. E, por mera coincidência, a chucha da escola estragou-se exactamente ontem (elas estão todas velhotas, têm a mesma idade e têm-se estragado mais ou menos nos mesmos espaços temporais)...! Então, ela teve que dormir sem chucha também na escola...
Em resumo: a Alice está a dormir sem chucha desde Domingo. E apesar de ser ainda cedo para deitar foguetes, decidimos entusiasmá-la e comemorar com um Bolo de Chocolate de Caneca, feito por nós. A ideia é óptima para pequenas comemorações caseiras, vi a receita num qualquer blog que não recordo e deixo-a aqui, para poderem aproveitar a ideia:


Bolo de Chocolate de Caneca (porque se faz mesmo numa caneca)

- 1 ovo
- 4 colheres sopa leite
- 3 colheres sopa óleo
- 2 colheres sopa rasas chocolate em pó
- 4 colheres sopa rasas açúcar
- 4 colheres sopa rasas farinha de trigo
- 1 colher café fermento em pó
Colocar o ovo na caneca, bater com um garfo. Juntar o óleo, o açúcar, o leite, o chocolate e bater bem. Adicionar a farinha e o fermento. Mexer tudo bem. Colocar 03 minutos no micro-ondas na potência máxima.
Atenção a:
* usar canecas de, pelo menos, 300 ml (nós usámos uma tigela e não transbordou nada)
* as colheres rasas são mesmo para ser rasas, para o bolo não ficar duro
* untar a caneca/tigela com óleo (ou manteiga) e farinha (nós não o fizemos e conseguimos desenformar na mesma)
Bons cozinhados e boas pequenas grandes comemorações!!!!
Rita

domingo, outubro 26, 2008

Bendita individualidade

A Alice, ontem, no carro, de repente, a propósito da altura em que o Tiago Bettencourt começa a cantar, na rádio, o seu remake do "Pó de Arroz", do Carlos Paião:
- Mãe, gosto desta música.
E eu, que não aprecio e acho que nunca apreciei Carlos Paião (embora em determinada fase me agradasse aos meus ouvidos de miúda, como parece acontecer com todos), sorri de mim para comigo, com aquela tão espontânea afirmação de individualidade. E cantei a plenos pulmões o refrão, esforçando-me sinceramente para aprender as partes que não sabia, só para ter sempre a possibilidade de a agradar...
Rita

sábado, outubro 25, 2008

De como algo que se diz com a melhor das intenções se transforma numa tolice...

Seguindo um conselho num livro, pensei em marcar com a Alice uma data ou época para lhe propor deixar a chucha. Então ontem, enquanto brincávamos as duas na cama, a meio de nos prepararmos para o novo dia, decidi dizer-lhe que podia pensar em deixar a chuchinha no Natal...
E eis como o que se diz com a melhor das intenções se transforma na asneira da semana... Porque queria ir ao Natal, se estávamos a ir para o Natal ou se iamos amanhã, que a mãe não a deixava ir ao Natal...
Desde aí já tentámos de tudo... explicar que o Natal não era um sítio onde se ia e sim uma festa onde se reunem as pessoas da família, que se oferecem prendas uns aos outros, o que só lhe terá disperso a atenção para a última parte da conversa... que o Natal é só depois dos anos do avô, do tio e da mãe, o que fez com que ela quisesse porque quisesse que fosse também depois dela fazer anos e deu origem a uma choradeira porque queria fazer anos... que o Natal era quando fazia frio e chovia... se não se lembrava do Natal do ano passado, na casa da Bisavó M, com o rol de familiares que estiveram presentes... Experimentámos também a técnica do calendário, explicar que aquilo era o dia em que estávamos (os verdes eram aqueles em que não havia escola e os pretos os outros) e depois ainda falta estes e estes e finalmente chega aqui o Natal, podemos riscar os dias à medida que forem passando para perceberes melhor, o que achas...
Ela pareceu perceber sempre tudo, ficar satisfeita e concordar com as explicações (excepto a dos anos e da choradeira), para logo uns minutos depois perguntar novamente se se estava a vestir para ir ao Natal, que não queria ir à escola porque queria ir ao Natal, e o Natal e mais o Natal, etc e tal...
Também esperámos que se esquecesse, mas hoje, logo pela manhã, tornou a falar no Natal...
Ai, ai, cada vez que penso no tempo que falta para o Natal...
Rita

quarta-feira, outubro 22, 2008

De como os miúdos são surpreendentes...

Entre os finais da Primavera e o início do Verão deste ano, a Alice começou a ter medos à noite.
Não tenho bem presente se pediu primeiro que não lhe fechássemos a porta do quarto ou se não apagássemos a luz. À primeira solicitação não custou a atender, mas a segunda foi sendo aperfeiçoada com o tempo e, por isso, fazendo com que nos custasse mais a cumprir. Ela convenceu-se inicialmente que chegava a luz que vinha das bandeiras de vidro das portas e janela da sala até ao quarto. Mas depois das férias com os avós, tivemos de começar a deixar a luz do quarto acesa, no nível mínimo, mas em todo o caso, acesa. Comprámos uma luzinha de presença no Ikea, mas se bem que ela brincasse tranquilamente com ela durante o dia, receava o boneco aceso durante a noite no quarto...
Como talvez as férias lhe tenham alguma inconstância ao sono, as noites foram-se tornando mais complicadas. Levantava-se várias vezes quando a deitávamos e vinha ter connosco à sala. Queria água, queria fazer xixi. Acordava em diversas ocasiões durante a noite e, com a luz acesa depois, era muitas vezes eu que não conseguia dormir a seguir...
Não se enganem, não era insuportável. Vivíamos mais cansados, mas vivíamos, até com a confiança que o padrão de sono iria serenar e tornar-se tranquilo como sempre havia sido. A Alice sempre dormiu magnificamente bem.
Lemos e pesquisámos e modificámos algumas coisas em nós. Deixámos de lhe dar o leitinho à noite quando ela acordava e pedia, garantindo que ela iria ser, como sempre tinha sido, capaz de adormecer sozinha, sem leite, sem a mão, sem a nossa presença. E foi. Para evitar tantas saídas da cama antes de adormecer, conversámos com ela e dissemos-lhe que estávamos ali, que a ouviriamos, mas que ela precisava de dormir e tínhamos de ser nós a garantir que o fizesse. Nem que fosse preciso apagar a luz ou fechar a porta para que percebesse que não podia continuar a jogar connosco. Escusado será dizer que nunca o fizemos, nem sei bem se seríamos capazes... não lhe fecharia a porta nunca, mas de facto o quarto continuava com luz, mesmo que apagássemos a do tecto. Usámos esse facto para ir tentando novamente diminuir a quantidade de luz.
E, surpreendemente, durante a passada semana, quando estava doente, começámos a ouvir outra vez: «mãe, pai, desapaga a luz.» - o que em alicês significa o acto contrário de acender. E pronto. Desde aí, Alice na cama sem se levantar, sono quase sempre até à hora do despertador, porta aberta, nada de leites, luz apagada, só a que vem da sala por entre bandeiras de portas e janelas.
Rita

segunda-feira, outubro 20, 2008

Invejas

Tenho uma terrível inveja de todo o pessoal das séries americanas que tem um "porch". Isso mesmo, um "porch", "alpendre" em português de seu nome.
Vocês sabem, aquele sítio lá fora, coberto por um telhadinho, onde eles se sentam no final das tardes stressantes de trabalho com uma caneca muita gira, a beber uma qualquer bebida relaxante ou quente ou doce... e a rir... que raios, estão sempre tão relaxados nos seus "porchs"... Ou então têm daqueles baloiços ou cadeiras baloiçantes de verga... e vão para trás e para a frente, a segurar a mesma caneca, um pé em cima e o outro em baixo... ou namoram aí sentados... que nem uns safados... uns safados porque têm direito àquilo, entenda-se, que eu não sou nada contra que namorem, acho muito bem e que mais falta faz no mundo... tivesse toda a gente um "porch" onde pudesse namorar e beber com os amigos e seriam todos mais felizes, parece-me...
Eu bem sei que metade daqueles alpendres são "porchs" de estúdio... e que os senhores provavelmente não têm vontade nenhuma de namorar, nem de beber nem de rir... mas o cinema e a televisão servem mesmo para vender ilusões, e a mim vendem-me aquelas dos alpendres, o que se há-de fazer...
E se calhar, lá nas Américas, os "porchs" nem são nada românticos e os vizinhos estão todos a ver o que estão uns e outros a fazer, se já beberam muito ou se namoraram demais.
Eu não quero saber. Eu queria um alpendre, para relaxar no final do dia de trabalho com o companheiro ou os amigos, um baloiço onde um dia pudesse conversar sobre a vida com os filhos a crescer, ou onde sozinha pudesse só contemplar a manhã a despontar. Um alpendre como o das séries, com sabor a "porch".
Rita

sábado, outubro 18, 2008

Relatos da vida de duas doentes

Fazer um outro post neste blog com os títulos "voltei", "estou de volta", "cá estou", seria cair em mais uma redundância das que se deve tentar ardentemente evitar...
Assim, e de forma grave, escrevo a dizer que estive quase a morrer. Quase. Tão quase como qualquer outra pessoa doente, pronto. Isto porque eu, quando adoeço, sinto-me sempre a morrer. Ainda por cima doente e com uma filha doente, posso dizer que teria estado às portas da morte de certezinha absoluta, se não tivesse eu uma mãe e uma irmã adoráveis que, de longe (do longe dos seus 20 e tal km de distância), não tivessem vindo tomar conta de nós. Sou uma filha afortunada e uma mãe ainda mais.
Bem, a história é rápida: a Alice começou com febre no sábado à noite. Eu fiquei cheia de calores insuportáveis no domingo e passei o tempo todo a abrir janelas de carros e a bendizer o fresco que estava na rua em comparação com o abafado dos outros sítios todos. À noite já eu estava com tosse e na segunda-feira de manhã, no trabalho, com uma pontada nas costas. Ao descer do refeitório já me doíam as pernas também e a cabeça. À tarde já me sentia febril e, basicamente, mal com'o caraças. No final da tarde rumámos a casa dos avós para ir buscar a filha e levá-la, com três dias de febre, às urgências. Filha para umas urgências e mãe para outras.
Resultado: filha com amigdalite viral, mãe com síndroma gripal. E que se desenganem todos, como eu, que pensavam que tinham várias gripes por ano, afinal o que temos tido são meras constipações e tosses. A gripe não engana, é o que nos deixa a morrer.
E pronto: filha para casa com indicação de antipiréticos para baixar febre, mãe com antipiréticos e antibiótico. E mãe doente a tomar conta de filha doente (não fosse a bendita família).
A partir daí foi a mãe a piorar nos primeiros dias (febre até 39º, tosse, dores no corpo todo, vómitos, congestionamento nasal, enfim, estava a morrer) e a filha a arrebitar vinte minutos depois de cada remédio. Ou seja, quase que filha boa para tomar conta de mãe doente.
Depois, a mãe foi ficando boa, só com tosse, pingos no nariz e cansaço estupidamente forte, e a filha piorou de repente, a febre a aumentar novamente, a diminuir o espaçamento entre febres, a demorar a reagir aos antipiréticos. De volta às urgências, filha com otite bacteriana a antibiótico.
Actualidade: Sábado com filha a dormir quatro horas de sesta, mas a acordar bem disposta, mãe só cansada e com dores nas costas, de ter dormido no sofá com almofadas a levantar o tronco, para o nariz não entupir. Filha porreiraça, cada vez melhor, mãe a antever um regresso ao trabalho nada fácil, pautado por uma fadiga intensa e desnecessária quando se tem tanto para fazer e tão pouco tempo pela frente.
Ufa, acabei.
Rita

domingo, outubro 12, 2008

Lição para o futuro

Meus queridos Merrel, minhas adoradas Crocs, meus riquinhos pés descalços...
Que nunca mais me esqueça de levar um par de calçado sobresselente para um casamento... principalmente quando estou grávida (possivelmente com pés ligeiramente mais inchados ou mais gordos, são as duas hipóteses que se levantam, mas completamente invisíveis a olho nu), não levo meias e não uso os sapatos há para aí um ano (e acho que já aí me magoaram ligeiramente)...
Ainda por cima a música foi sempre excelente, os convidados eram festeiros e no fim da festa contei: uma noiva de ténis de desporto, uma convidada de ténis tipo All Star, uma de chinelos de meter o dedo mas de tipo praia, uma de botas até aos joelhos e um ror delas de sabrininhas!
Malditas dores em mais zonas dos pés do que consigo contar pelos dedos dos mesmos... não fosse a felicidade da M e do D e o dia teria acabado com uma ligeira sombra causada pela minha saída com andar de deficiente...
E o que vale ter um homem que vai buscar-nos os chinelos porque ameaçámos ir do carro até casa descalça, santos deuses...
Rita

quinta-feira, outubro 09, 2008

"Menino ou menina - capítulo 1", ou "Despachadinha da silva"

A minha amiga Van falou-me por acaso nas conversas da "despachadinha", mas a verdade é que só quando se começou a saber da minha gravidez é que percebi de facto o que é ela queria dizer.
«Estás grávida? Então e agora, queres um menino não é? Ah, era giro um casalinho, e assim ficavas logo despachada...»
Mas porque carga d'água é que há tanta gente a achar que todas as pessoas quereriam ter um casal de filhos...?! E porque raios acrescentam que assim ficávamos "despachados"...?!
Serei eu obrigada a querer ter só dois filhos?! Não poderei querer ficar por só um?! Ou sonhar com uma grande família?! E estarei mais despachada porque os ditos dois se dividem pelos dois géneros e eu terei hipóteses de conviver e educar um xx e um xy?! Teremos nós que ter filhos e mais filhos para atingir essa dita perfeição de conseguir ter dos dois sexos?! Não poderá haver alguém que gostasse de ter um trio de miúdas ou um par de rapazolas?!
Talvez isto seja aquela sensibilidade extrema das grávidas, mas irrita-me profundamente a conversa de quem parte obviamente do princípio que tenho de ter um rapaz desta vez... que é isso que quero ou que, mais do que tudo, que assim é que é giro... Mas irrita-me ainda mais quando as ditas conversas acabam no quase óbvio «é que assim ficam logo despachados!»... é que nunca percebi que estava a ter filhos para me despachar, muito sinceramente... e o que ainda ninguém me conseguiu dizer é "despachar para quê"...
"Despachar - (...) atender; resolver (...) acabar, terminar apressadamente aquilo que se tinha começado; aviar-se; (...) fazer com pressa alguma coisa (...)"
in "A Enciclopédia 7", do Público
Oh pá! A minha "mai velha" tem três anos e o feijão/ervilha anda só pelas 15 semanas, ainda cá dentro da minha vida interior... Despachar?! Eu ainda estou só a começar!!!!!!
Rita

sexta-feira, outubro 03, 2008

Ainda agora…

“Porque é que havemos de estar a respeitar uma raça miscigenada que veio para um espaço europeu que não é o seu e que nunca nos respeitou…” acabei de ouvir no telejornal, a propósito de uma notícia.
Não foi uma frase isolada… foi um ideal em poucas palavras que já quase não choca, de tantas vezes o termos ouvido. Mas eu não posso ouvir isto e ficar indiferente. E coloco duas ou três interrogações: - Esse senhor é raça pura? Também tem um registo como os animais a certificar que na sua ascendência não há entrada de sangue contaminado? Qual é a entidade que passa esse certificado? Nesse apuramento fizeram como nos animais e eliminaram os defeituosos ou os mais fracos?
Sugiro então de façam uma recolha de fundos e comprem uma ilha, porque, felizmente a nossa raça está cheiinha de gente “misturada” porque não há coisa mais bonita do que uma paleta humana cheia de cores.
Ana Cristina

quinta-feira, outubro 02, 2008

Da Alice, durante estas férias

Na praia, ela a brincar com os bonecos, na areia, ligeiramente afastada de nós:
- Pai, ó pai! Anda aqui.
E o João, do sítio dele, perto de mim, a ler o jornal deitado na toalha:
- Ó filha, anda cá tu...
E logo ela:
- Ó pai, mas é que eu sou uma senhora...
Mas onde terá arranjado esta filha uma tirada destas tão machista...?!
Rita

quarta-feira, outubro 01, 2008

Voltei

Voltei. De férias, para o trabalho, para Lisboa, para as nossas rotinas muito nossas, para novas fases, para as continuações e para os novos recomeços. Para casa. Melhor, mais descansada, com postura zen, decidida a continuar a importar-me mas sem vir para casa a sofrer.
Voltei também para aqui. E com novidades:

Sou novamente uma materiosca.

Rita