segunda-feira, junho 30, 2008

Histórias de princesas...

Há uns tempos a Dê perguntou à Laura o que queria ela ser quando fosse grande. Ela respondeu que queria fazer casas e a Dê percebeu logo que a sua mais nova não estava a ser original e sim a seguir a resposta e o futuro planeado pelo irmão... «Não, Laura, isso é o que o Tiago quer ser... e TU, o que queres ser TU quando fores grande?» A Laura parou para pensar e depois, de forma descontraída e natural - pelo menos como eu imagino que ela estivesse -, respondeu: «'Tá bem, então posso ser uma princesa...»
E foi assim que, no dia em que fez quatro anos, as Oficinas só poderiam presenteá-la com uma princesa, só para ela...




Rita

sexta-feira, junho 27, 2008

De volta a este cantinho depois de muito tempo

Tenho saudades de me apetecer vir aqui deixar a minha marca num espaço que é nosso, meu e da Rita, com um toque de Alice.
Têm sido uns tempos difíceis onde os dias passam a correr e não se tem horas para cumprir com tudo o que se deseja e, numa época onde dava tanto jeito gozar os feridos que a instituição nos deve, se é forçado a cumprir os horários que estão em falta, por doença, por férias ou simplesmente porque não existe gente suficiente.
A tese não tem colaborado para melhorar os ânimos e parece que a clareza de pensamento também não tem abundado por estas bandas.
Este cantinho tem sido só mais uma faceta que tem estado em stand-by, como se a minha própria vida funcionasse por compartimentos, sendo que a dedicação a uns prejudica o resto... e isso não me faz bem. Se por um lado me causa a sensação de "não trair a causa", por outro não me torna mais eficaz no cumprimento do mais imediato. Por esse motivo estou decidida a dedicar-me de corpo e alma também a este blog, um projecto que eu muito gosto.
Assim, estou decidida a voltar.
Ana Cristina, a regressada

quarta-feira, junho 25, 2008

Plasticina e brincadeira

Há uns tempos atrás vi na televisão um documentário sobre o facto dos animais que mais brincam na infância serem os que mais inteligentes se tornam... davam-nos a nós, humanos, como exemplo (vamos sendo exemplo para alguma coisa, vá lá...)... e aos felinos e aos símios...

Uma das coisas boas de se ser mãe - já tenho vindo a constatar - é decididamente o tornar a brincar, ou o tornar a aprender a brincar. Achamos que estamos a brincar COM os nossos filhos, e quando damos por nós, somos nós todas inteirinhas que lá estamos. A agir por nós.
Nos últimos tempos, temos feito plasticina. A plasticina não é como antigamente. Esta vem numa baldinho, traz um plástico para servir de superfície de trabalho, moldes e ferramentas. Nem eu sei fazer plasticina com tantas facilidades. Mas é giro descobrir. Outra vez. Enquanto a Alice faz bolinhas e pedacinhos, para os quais olha toda contente e descobre semelhanças com coisas reais («Olha mãe, fiz um cocó!!!!»), eu vou experimentando novos toques e texturas, novas formas de brincar, novas formas de me divertir com ela e também comigo. Novos eus infantilóides de 32 anos. Adoro. Para além de tudo, tem ainda a grande vantagem de nos deixar ficar mais inteligentes. Chego até a concluir que é muito melhor do que era antes... talvez porque agora sei o que me espera quando acabo...
É caso para dizer: brincar é espectacular.
Rita

quinta-feira, junho 19, 2008

Oh pá, é a terceira vez na última semana e meia que escrevo um post e de repente, por uma causa ou outra, ele é apagado. Ainda para mais, é a segunda vez nos últimos três dias que se apaga uma coisa que escrevo, não aqui, mas no geral do meu mundo informático. Estou irritada, furiosa. E não vou reescrever, desculpem-me. Fica para amanhã.
Rita

quarta-feira, junho 18, 2008

Guerra!


Já há uns anos, desde que viemos cá para casa, esta mesma casa velha que eu adoro e que é a nossa, que de longe em longe aparece uma ou outra barata. Grandes, enormes, gigantes, as maiores que já alguma vez vi. Mesmo. O João convenceu-me(nos) sempre que viriam da rua e o receio de uma praga acabava por passar com o decorrer do tempo sem que aparecesse nenhuma.
Nunca mencionei o assunto a ninguém, exclusivamente por causa do preconceito que penso que todos temos, em relação ao facto do detestável bicho aparecer em locais menos limpos (uma redondo engano, segundo as minhas pesquisas)... Mas no último mês e meio já apareceram mais do que "uma de longe em longe"... E o cúmulo foi quando na reunião de condomínio um outra moradora do prédio falou nas baratas que tinha visto na escada. E depois um outro morador falou que também já tinha tido uma ou outra e depois outro repetiu...
Conclusão: temos uma praga. Uma praga de mostruosas e asquerosas baratas no prédio (sobre as quais já aprendi serem americanas de nome). Já investiguei (por falar nisso, partilho inteiramente a opinião magnífica do Nuno Markl sobre o tema), já comprei produtos, já sonho com as ditas cujas e vejo-as em todos os nós da madeira. Instaurei esta como a última guerra caseira. Fora de mim já providencio as minhas armas. Dentro de mim, morro de pavor e nojo que as bichas passeiem por cima de nós enquanto dormimos. Ou que as calque com o pé nu quando ando descalça pela casa na penumbra.
Resumidamente: socorroooooooooooooooooooo...
Rita

terça-feira, junho 17, 2008

Adriana Partimpim

É oficial: a Alice apaixonou-se pela Adriana Calcanhoto!
Já há uma série de tempo que de vez em quando punha cá em casa, para dançarmos e cantarmos ou meramente para servir de banda sonora aos momentos de gozo familiar. Embora invariavelmente a Alice dissesse (depois de perguntar carradas de vezes quem estava a cantar) que não queria «a Calcanhoto», eu ia suavemente insistindo para que ela fosse ouvindo.
Desde a semana passada que é oficial: a Alice gosta de Adriana Calcanhoto. Mais: gosta muito. Ficou verdadeiramente apaixonada e arranjou a sua própria forma de pedir para ouvir: «Mãe, quero ouvir as tuas as músicas, o teu cd. Aquelas músicas fortes.» (???!!!)
Por isso, é oficial: Adriana Calcanhoto, novo amor, músicas fortes.

Rita

segunda-feira, junho 16, 2008

Eu gosto é do Verão *

No calor, que é parecido a dizer "no Verão", tudo fica diferente... e, quase sempre, tudo fica melhor...
O sol irradia-nos e, sem o sabermos, ficamos mais sorridentes, mais confiantes... e, logo, mais bonitos. Apanhamos uma corzinha que nos deixa com ar mais saudável e encantador... Despreocupamo-nos com algumas coisas e andamos por aí a abarrotar de luz e sonho. Perdemo-nos a olhar pela janela ou a passear na rua. De forma geral, condicionados pavloviamente por anos e anos de estudo, tendemos a relacionar o sol, o calor, o dito Verão, com férias, mesmo que as não tenhamos, e agimos como se elas estivessem logo ali à espreita.
Hoje reparei que também cheiramos melhor... a cremes de frutos, protectores e hidratantes, que são os únicos cheiros falsos de que gosto, já que abomino perfumes... cruzamo-nos com pessoas que dão vontade de trincar, todas moreninhas, vestidas de cores garridas e ainda por cima, a cheirar a coco...
Viva o calor, o grande astro, as sandálias, a praia e o desnudamento... mesmo que com ligeiros aguaceiros pelo meio.
Rita
* Por acaso o título é enganador, porque eu também gosto muito das outras estações todas... mas para o caso, deu jeito.

quinta-feira, junho 12, 2008

...

Desde a minha vinda de férias os dias têm sido como que duma dimensão paralela onde a doença e a morte rondam as nossas vidas deixando-nos ilesos fisicamente mas psicologicamente bem marcados. Por isso, este cantinho da blogosfera ficou de parte, à espera de novos tempos, mais alegres e descontraídas.
Mas na minha mente estão gravados os momentos de angústia que acompanharam o desespero de uma mãe que encontrou o filho caído, nos meus braços ainda sinto os músculos das tentativas infrutíferas, na boca a sensação de ter soprado para pulmões já sem vida... foram prái uns 15 minutos sentidos como uma eternidade.

Só hoje me apeteceu vir contar as novidades. Prometo que noutro dia virei mostrar as fotos dos dias bem passados com a sobrinha, no "alentejio".
Ana Cristina

quarta-feira, junho 11, 2008

Cenários

Ontem, na bomba:
As pessoas agitavam-se fora do carro. O João entrou a sorrir: «Este pessoal está com medo que o gasóleo acabe...!» Nós a sorrir e seguir viagem, sem pensar mais no assunto.
Hoje, pelo caminho, a notícia no rádio da quantidade de carros parados na auto-estrada do sul, por falta de combustível. E logo a seguir a passagem pela bomba e o cartaz "Gasóleo fora de serviço". Nós, de sorriso trémulo: «Pelo menos temos de ter para voltar para Lisboa...»
Ao jantar, a Alice sem querer acabar de comer a sopa. «Não pode ser filha, esta sopinha tens de comer por causa dos legumes... sabe-se lá quando se irá ter legumes frescos novamente... Já agora, esta colher é pelos senhores camionistas... E mais esta, pelos senhores pescadores... A sopa de hoje é revolucionária...»
Pergunto-me se nos próximos dias futuros voltaremos ao passado e veremos por aí pessoal a deslocar-se de carruagem...
Rita

terça-feira, junho 10, 2008

Dela

Eu: - Dá-me a mão...
Ela: - Não mãe, aqui é praia, não há carros...!
Eu - Está bem, mas estamos a subir as escadas e eu tenho medo que tu caias, quero ajudar-te...
Ela: - Não mãe, eu estou a crescer...!

Rita
Este post também podia chamar-se «Estou a crescer», frase mais usada pela miúda da casa nos últimos tempos, a propósito de tudo e de nada...

quarta-feira, junho 04, 2008

De água no balde


Parece que é normal, na vida de todos nós, gostarmos mais de algo que a pessoa do lado tem. A pessoa do lado que, precisamente, daria tudo para ter exactamente o oposto. "A galinha da minha vizinha é melhor que a minha" é, por isso, um provérbio que se conhece desde muito cedo.
Na minha casa e na minha infãncia, quando brincava, imperava a teoria do "faz de conta". Ou seja, não havia comida a sério, produtos a sério, nada a sério.
Pelos vistos, por aquilo que ouvi falar, na casa e infãncia da minha prima Lili, havia arroz e massa reais quando ela brincava. Assim como acontecia com a Catarina quando ia para casa da avó, que morava em cima da minha avó.
Como é óbvio, eu morria de vontade que alguém me desse comida a sério para eu preparar os meus cozinhados. Por outro lado, tanto quanto me disseram, a Lili achou imensa piada à ideia da minha mãe: «Cá em casa brinca-se ao faz de conta...».

Olho agora para a Alice e ainda não sou capaz de saber o que prefiro. E por isso acho que vou dando a ideia conforme o dia em que estou e a disponibilidade para arrumar ou limpar. Por essa razão, hoje brincou-se com água no balde («Põe água no balde, mãe, vou limpar a tua casa.»). Mas amanhã, se for caso disso, pode vir a ser dia de "fazer de conta". Para todos os gostos.

Rita

terça-feira, junho 03, 2008

Cá em casa, uma vez por semana 5

Bem sei que a Rutinha lançou este desafio/rubrica com o intuito que este fosse semanal... mas confesso, nem sempre dá e nem sempre me apetece... os últimos tempos têm sido algo complicados para actualizar esta rubrica e este blog - isto é por fases - mas promete-se um novo e continuado esforço para manter tudo em ordem... até porque há muitas coisas para mostrar...
Adiante, esta semana exibo, em tom caricatural, o canto da casa mais importante da nossa actualidade:


Isto não é bem verdade, claro está. Mas faço este post só para dizer que a miúda da casa já não tem rabiosque de fraldas, pelo menos durante o dia. E tem corrido muito bem.
No ano passado achámos que a Alice estaria pronta para largar as fraldas e começámos a falar-lhe no assunto. No entanto, não partimos para o treino à séria. Resultado: a moçoilita ficou confusa e a coisa não deu bom resultado, inclusivamente a nível de saúde (nada gravoso, mas aborrecido na mesma). Este ano, quando o mau tempo aliviou, experimentámos deixá-la pela casa sem fraldas. E qual não é o nosso espanto, verificámos que sabia perfeitamente quando tinha que ir ao bacio...
Decisão: o próximo filho que tenha há-de largar as fraldas quando estiver suficientemente seguro para o fazer, sem qualquer stress ou pressão da nossa parte. Pode demorar um pouco mais e implicar mais gastos na economia familiar, mas vale de facto a pena esperar, a resolução deles é muito mais segura, confiante... e rápida, sem treino! Fica o conselho.
Rita

segunda-feira, junho 02, 2008

Recomeço hoje

Depois de uns dias de descanso do trabalho e da tese (que a intensão era ler dois ou três artigos, mas nem isso fiz) recomeço hoje os horários malucos.
Foram uns dias bem passados, em companhia de uma sobrinha lindona ("não xou tia, xou bonita") e que me desculpe o F. que à última da hora não foi (por um bom motivo) ou os padresitos que também lá estiveram mas aquele bocadinho em que a princesa se deitava ali ao meu lado na cama agarrada a mim foi muito, muito, muito bom... ela foi a companhia maravilhosa que eu necessitava para recuperar forças.
O Sol até colaborou e venho com uma cor mais saudável.
Apesar da vontade não ser muita os "meus meninos" esperam-me e vou ter de ir...
Ana Cristina