quinta-feira, março 22, 2007

A continuação da saga

A Alice partiu a cabeça. Galgou um armário na creche, puxou por um cabo de uma coluna e esta caiu-lhe em cima, de esquina armada.
No hospital fui encontrar uma educadora com uma expressão assustada («quando a vi, tinha tanto sangue na cara que nem lhe via o olho, mas ela já não chorava!») e uma filha com um corte pequeno, a querer percorrer os corredores a correr... Nada preocupante, Betadine e pele plástica, «não lave a cabeça hoje e amanhã quando lavar não use água muito quente», atenção aos sinais de traumatismo.

As perguntas que se impõem: porque razão os profissionais que trataram a Alice não se apresentaram?! Um «boa tarde, eu sou o enfermeiro x ou a dra. y» era bom de ouvir e eu pelo menos saberia como tratá-los... E está bem que na creche se enganaram na Alice e o papel da urgência foi passado noutro nome, mas isso não é motivo para não entender o pânico em que as pessoas devem ter ficado. Então porque razão o «obrigado pela sua compreensão, outros fariam quase um escândalo» do administrativo do hospital?! Entendemo-nos pouco, caramba. E esquecemo-nos muito que o dia de trabalho tem demasiadas horas para toda a gente e que por isso existem falhas, não só nos nossos dias de trabalho...

O importante é que assim que chegámos a casa tive de dar um açoitezito à Alice para não subir à mesinha de centro. Está fina.
Rita

2 comentários:

rutinha disse...

pois a prova de que de sossegadinha a pequena Alice nao tem nada...as melhoras!

Alma Minha disse...

Tás feita... com uma ferinha destas... vais ter muitas histórias assim para contar...
Fala a voz da experiência...

Coragem
Bom fim de semana (mais calmo)
Beijos do fundo da Minha Alma